Mostra Estufa 2025

  • 28 + 29 Novembro – Teatro Campo Alegre – TMP – Porto | M/16
  • Bilheteira + INFO

Lutum – Arrel Guevara

Lutum oferece uma experiência cénica crua, orgânica e digital, que se revela sob o olhar dos espectadores, através de um corpo circense que dialoga com guarda-chuvas, balões, câmaras e video-projeções. A partir do ânus — território penetrável e vulnerável à violência sexual fora das normas —, a obra propõe-se a tocar em discriminações, feridas e medos, mas também em sortes, alianças e belezas. O público é convidado a contemplar a fragilidade e a metamorfose do corpo, revelando como a conceção da morte, associada à ideia de doença, mantém uma relação análoga — e anal — com a sexualidade e com o questionamento de género. — Arrel Guevara 

Arrel iniciou-se no circo em 2016, enquanto estudava antropologia, em Barcelona. Depois de terminar a universidade e o Curso de Circo Social no Ateneu9Barris, decidiu especializar-se na Escola de Circo e Teatro em Granada. Começou a trabalhar em formação de circo com pessoas de todas as idades. Há anos, cria e participa em diversos espetáculos e performances, e integra o laboratório de investigação em aéreos de Cata Aguayo. 

Autoria, direção e interpretação – Arrel Guevara 

Olhar externo – Sophie Núñez, Chiara Marquese 

Iluminação, cenografia e projeções – Sergi Ruiz 


DIAPHANA – Jessica Lane

DIAPHANA é uma epifania. Volátil e instável. Incerta e frágil. Translúcida e honesta como uma garrafa de vidro vazia. Equilíbrio, segundo a física, é um estado de repouso ou de movimento invariável de um corpo. O ato de se equilibrar é também uma técnica circense que consiste na manutenção de um corpo sobre determinado aparelho ou objeto em condição de equilíbrio escasso. Em DIAPHANA, garrafas de vidro vazias de outrora tornam-se matéria para uma relação de introspeção e euforia. Estar sozinha em DIAPHANA não significa a ausência de outros corpos, mas a intensa presença de si própria sob tensão e equilíbrio. DIAPHANA é um descaminho para chegar até aqui. —  Jessica Lane

Jessica Lane é atriz e artista de circo especializada em equilíbrio sobre arame. Formou-se no INAC, em Portugal, e, atualmente, também investiga a técnica do funambulismo, colaborando com o Centre Européen de Funambulisme, em Bruxelas. Trabalhou como intérprete em diversas companhias, como o Teatro Art’Imagem. Participou em residências artísticas na Escola de Circo do Brasil, no Rio de Janeiro, e na Académie Fratellini, em Paris. Em 2021, participou no projeto CRECE com a Escuela de Circo Carampa, em Madrid. Desde 2023, atua como funâmbula no espetáculo Ponto de Partida, com apresentações em Itália, Portugal, Bélgica e Brasil. 

Criação e interpretação  – Jessica Lane 
Orientação musical  – Nathalie de Rancourt 
Orientação cénica – Claudio Stellato  
Apoio coreográfico – Alan Sencades 


Infinito – Cia Juan Fresina Scotto 

Infinito é uma criação de circo contemporâneo que explora o conceito do infinito através de fitas aéreas. Três personagens habitam um espaço, onde o tempo se distorce, o cosmos se expande, e o eterno retorno inspira o movimento. Combinando artes circenses e pensamento científico, a obra cria uma experiência visualmente impactante. Corpos suspensos tornam-se metáforas da busca humana por sentido, navegando entre o conhecimento e o mistério, entre o real e o intangível. —  Cia Juan Fresina Scotto 

Juan Ernesto Fresina, artista argentino, cruza circo, ciência e dança, explorando o corpo em invenção. Formado em educação física e escolas de circo na Europa e América Latina, especializou-se em fitas aéreas. Colaborou com PIA, Mente de Cão e Cerca Trova. Em 2024, fundou a sua própria companhia, criando projetos que unem arte e ciência. Assina Infinito e cocriou Ensaio para a Desordem

Cocriação, direção, produção e interpretação – Juan Ernesto Fresina 

Cocriação e interpretação  – José Cereceda, Pablo Armando Melo