Teatro Campo Alegre – 23 nov 19h | 24 nov 17h
“décorps d’intérieur ” – Ana Jordão e Jeanine Ebnöther Trott
Uma pessoa tem uma sombra, mas pode uma sombra ter uma pessoa?
Quantas pessoas coexistem dentro de um corpo?
Como dar vida aos diferentes lados de nós mesmos?
Como podemos descrever essa luta interna? E se fosse uma dança?”
décorps ‘d’intérieur” trata-se de uma pesquisa corporal sobre o convergir de dois seres – um duo sobre o ser e a sombra.

É um trabalho de expressão abstracta que levanta questões sobre simbiose, sincronicidade, ruptura e afastamento. Expõem-se uma reflexão física sobre a dualidade, sobre as nossas negociações internas onde a interação entre facetas, por vezes contraditórias, é traduzida em manipulação, em dança, em luta.
Criação e interpretação: Ana Jordão e Jeanine Ebnöther Trott
Criação apoiada por: Circus Next PLaTFoRM (FR), Zirkusquartier (CH), InSpiral (HU), Stadt Zürich Kultur (CH), Menų Spaustuvė Arts Printing House (LT), La Cascade Pôle National des Arts du Cirque (FR), Circuscentrum (BE)
“Fase dispersa” – Teresa Santos

Fase dispersa apresenta-se como um lugar antropológico: identitário, histórico e relacional, ou um lugar onde confrontar-se consigo mesmo e encontrar o outro. Parte da vontade de trilhar um caminho e contrariar a dispersão. É um último grito pela vida com todas as forças que restam e uma tentativa de tocar o intocável.
No contexto deste projeto, entendo por fase dispersa o objeto que está em relação com o corpo e que provoca o movimento. A manipulação de objetos aparece como extensão do próprio corpo e suas inquietações, colocando-o num estado ou qualidade de consciência. A dança aparece como vestígio num corpo enraizado. Até que ponto estas linguagens se complementam ou anulam? Qual o seu potencial e significação?
Criação e interpretação: Teresa Santos
Música original: Dídac Gilabert
Desenho de luz: Dídac Gilabert e Teresa Santos
Fotografia: Nuno Leites e vintiset.net
Produção: matéria
“Crisálida” – Daniel Seabra

Crisálida é o processo de crescimento, definição de cores e diferenciação sexual das borboletas. Dentro do casulo durante este processo decorrem explosões de cores e é o único tempo, onde nada ou pouco se mexem. Luta, resistência e persistência são palavras chave deste espetáculo.

Prende-se com a dialética deste trabalho a desmistificação das categorias de género, alicerçadas nas questões existencialistas de Nietzche, Sartre e Golffman. O ser enquanto indivíduo, o ser social e a criação de novos conceitos que fomentem a descontinuidade da natureza humana são questões que interessam ao criador desenvolver nesta peça. Por analogia, trazer à cena uma estese polissémica onde a técnica circense, o vídeo e algumas experiências plásticas são utilizadas, de forma a suscitarem outros significados e novas sensações em renovados enigmas.
“Aos olhos dos outros eu existo antes ou depois do meu género?”
Criação e Interpretação – Daniel Seabra
Música (ao vivo) – João Moreira
Apoio técnico – Margarida Monteny
Fotografia e apoio de vídeo – Susana Chicó
Apoio residência – Chapitô
Mostra Estufa
Programação – Julieta Guimarães e Vasco Gomes
Produção – Adelaide Osório
Vídeo – Ashleigh Georgiou
Coprodução – Companhia Erva Daninha e Teatro Municipal do Porto
Apoio – República Portuguesa – Cultura/ Direção Geral das Artes
Duração Aproximada – 60min com 2 intervalos
Classificação etária – M12