22 e 23 Novembro 2019 – Teatro Campo Alegre – Porto
A Mostra Estufa surge de uma vontade conjunta da Erva Daninha e do Teatro Municipal do Porto de dar espaço a novas linguagens, estéticas e dramaturgias do circo contemporâneo. Um espaço laboratório para que novos criadores ou propostas emergentes possam surgir contribuindo para o desenvolvimento desta área, sobretudo a nível nacional. Tal como uma Estufa, proporcionar as condições ideias para incubar a investigação de formas, conteúdos e experimentação técnica.
Esta edição de 2019 é composta por projetos novos que se apresentam aqui próximos da sua versão final ou mesmo em estreia absoluta. Três propostas que refletem uma busca por aproximar o circo contemporâneo aos discursos cénicos modernos. A forte relação com a dança, artes plásticas e o teatro revelam uma tendência de multidisciplinariedade que integra o virtuosismo do circo em correntes estéticas atuais. A técnica fica ao serviço de um conceito, um pensamento, uma ideia. Uma vontade de dizer algo mais e de questionar o lugar das técnicas de circo numa dramaturgia contemporânea.
Três momentos em três espaços diferentes, um percurso que passa pelo Café Teatro, Sala Estúdio e Grande Auditório do Teatro do Campo Alegre.
The Newspaper Man – Alexandre Duarte
“Uma entidade criada pelo excesso de informação que processamos diariamente. Uma projeção de todas as opiniões subjetivas, das histórias não contadas, dos conteúdos reais e irreais, do consumo, das letras esvoaçantes que falam muito, mas pouco dizem.

Ele é o criador, mas também o destruidor; o infiel com fé, o dependurado num mundo ao contrário; o mapa perdido que não possui destino; a realidade dentro da ilusão. O Newspaper Man não escolhe lados, ele sabe que a janela para o mundo pode ser coberta por um jornal.”
Criação e interpretação: Alexandre Duarte
Sonoplastia: Monica Olivieri e Riccardo Padovan
Colaboração: Companhia Erva Daninha; Circus Factory Cork; Fondazione Cirko Vertigo; Kathleen Dohert.
Gregor – Blue Coffee
A minha casa é onde estou. Malabarismo e acrobacia são as técnicas
base que representam o circo nesta proposta artística, acompanhada de linguagem física, o estudo do objeto e do teatro físico, as mãos falam numa pesquisa visual expressiva e figurativa… ultrapassam os limites da
racionalidade e funcionalidade através da relação com a matéria.

Equilíbrio nas mãos, torções e contorções, manipulação de objetos, trabalhar as emoções e o imaginário… dois personagens cómodos em seu habitat ideal, empurrando, puxando e seguindo-se um ao outro… dois passageiros, dois espaços, um de pura observação o outro campo de ação uma investigação da matéria extrema.
intérpretes criadores Jorge Lix e Jonathan Frau
cenografia Arnold Van-Rossum
sonoplastia Jorge Lix
design gráfico/fotografia/vídeo Ashleigh Georgiou
produção Blue Coffee
ninguém – Deeogo Oliveira
“Quero sentir que importo.”
Esta é a indicação do meu produto.
Somos todos produtos, caracterizados pelo uso prático, rápido e indiscriminado sendo facilmente descartáveis e substituídos por outros. Vivemos esta época onde a pesquisa e o acumular de informação tomaram conta da uma ideia de humanização.

“Ninguém” é a história de uma pessoa que procura criar um mecanismo para amplificar o mundo, no fundo, apenas para ser lembrado. O esquecimento como forma de demência e a banalidade estão presentes nesta vida aparentemente sem importância. Num mundo onde todos tentamos ser diferentes, qual o sentido da banalidade ?
Criação e Interpretação – Deeogo Oliveira
Apoio Dramatúrgico/Texto: Nuno Preto
Audio-Visuais: Ivo Ribeiro
ESTUFA
Programação – Julieta Guimarães e Vasco Gomes
Vídeo/ Foto – Ashleigh Georgiou
Duração Aproximada – 60min com 2 intervalos
Classificação etária – M12